Tecnologias que impactam o mercado financeiro

11.08.2016
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Escrito por: Simply Tecnologia

O mercado financeiro vive hoje a chamada Quarta Revolução Industrial, momento em que tecnologias disruptivas invadem o dia a dia dos clientes e se refletem na demanda por soluções de negócio que sejam alinhadas com essa nova era.

A era digital traz adventos como a hiperconectividade, mobilidade, internet of things, cloud computing, big data e fast data, além da inteligência artificial e computação cognitiva. Todos esses recursos impulsionam o universo da automação bancária, gerando possibilidades que vêm transformando os modelos de negócios.

As transformações digitais e o mercado financeiro

As possibilidades que esse novo contexto trazem para a indústria financeira estão rompendo paradigmas que vão desde a forma de capturar e manejar informação, passando por novas estruturas de processos mais focados em agilidade e eficiência, chegando à geração de um novo perfil de consumo, com clientes influenciados por uma geração mais exigente, visual e intolerante a fluxos burocráticos e respostas não imediatas.

As tecnologias emergentes que vêm invadindo a indústria financeira representam não só a melhoria da experiência do cliente como traz benefícios diretos ao fluxo interno, proporcionando automação de processos bancários. Tudo isso com soluções de extração e reconhecimento eletrônico de documentos, digitalização de dados, simulação de propostas, além de captura e formalização eletrônica de operações.

As fintechs, por exemplo, são startups que criam produtos, serviços e modelos de negócio inovadores, com amplo suporte de tecnologias que oferecem simplificação e redução de custos. Algumas já estão no mercado e prometem fazer uma revolução tecnológica. Outras inovações para o mercado financeiro são:

Blockchain

Essa tecnologia oferece transações certificadas em plataformas abertas, permitindo que sejam realizadas operações como remessas de dinheiro e confirmação de pagamentos.

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Ela ficou conhecida por garantir a segurança das operações realizadas por cripto moedas (“dinheiro criptografado”) como os bitcoins, cujo único impasse é o ambiente altamente regulado do mercado financeiro, que também está em evolução para incorporar esse tipo de novidade de forma mais natural.

Os Bancos e Instituições no mundo inteiro estão estudando a adoção deste tipo de criptografia. De acordo com Camille Ocampo, diretor de serviços financeiros da Capgemini em entrevista à revista Ciab, ” O Blockchain representa para o setor financeiro uma revolução equivalente ao compartilhamento de arquivos em redes ponto-a-ponto no segmento de música”.

Cloud Computing

A “nuvem” oferece possibilidades ilimitadas de armazenamento e processamento do infinito universo de dados que permeiam o mercado financeiro. Existindo investimento adequado em segurança, o cloud traz ganhos diretos ao negócio com expressiva redução de custos na infraestrutura física de TI.

Internet das Coisas

A IoT tem como premissa a comunicação entre dispositivos utilizando a Internet. Com isso, hoje a sociedade é impactada com oferta de carros conectados, equipamentos para automação residencial, dispositivos vestíveis que permitem acionar outros dispositivos e realizações transações comerciais e, em breve, financeiras.

Big Data

Big Data é uma tecnologia que carregou a bandeira de disrupção por um bom tempo, mas que hoje já está inserida no cotidiano empresarial, especialmente, dos ramos que trabalham grandes massas de dados, como o financeiro.

Não se trata mais de mera mineração de informações, mas sim de alta sofisticação de combinação de variáveis, a partir de algoritmos complexos que analisam inclusive dados não estruturados e comportamento dos clientes em mídias sociais e facilitam a definição de estratégias com alto potencial de alcance do cliente.

Computação Cognitiva

A computação cognitiva é uma nova referência para análise de dados, dispersos em fontes diversas e que ao retroalimentar sistemas permitem que a máquina aprenda com as informações capturadas. Aliada ao Big Data e tecnologias de Business Intelligence, a era do machine learning aperfeiçoa a análise de riscos e automatiza a oferta de produtos/serviços, de acordo com a propensão de consumo do cliente.

Inteligência Artificial

O atendimento digital a clientes, por si só, traz uma gama considerável de informações que podem ser utilizadas para retroalimentar a estratégia de negócio e criar soluções baseadas em experiências passadas, recorrentes, mencionadas como positivas.

Quando os computadores evoluem para assimilar informações e, a partir de softwares programados para exaurir todas as possibilidades de negócio, passam a tomar decisões, neste caso a melhor aplicação da Inteligência Artificial na indústria financeira entra em vigor.

Todas essas e muitas outras tecnologias possibilitam ao mercado financeiro oferecer produtos e serviços dimensionados às necessidades reais dos clientes, com mais assertividade. Aliado a isso, oferecem redução de custos e aumento da eficiência operacional, além do alto valor agregado da segurança e melhor atendimento.

As estatísticas sobre a mobilidade no centro da revolução do mercado financeiro

Uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e Deloitte, em 2020, com  22 bancos, que hoje representam 90% dos ativos da indústria bancária no nosso país, revelou que os canais digitais consolidaram um importante crescimento de transações bancárias. O destaque são os dispositivos móveis, que registraram 39,4 bilhões de transações no ano passado — um aumento de 19% em relação a 2018.

A presença do mobile no total de operações cresceu 58% de um ano para outro. E se voltarmos um pouco mais, entre 2015 e 2019 houve um salto de 11 bilhões de transações bancárias para 39,4 bilhões. Aqui houve um aumento de pouco mais de 3x em um período relativamente curto de tempo.

Essas estatísticas têm potencial de crescimento quando o mercado em análise está em evolução, como o brasileiro. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2014, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em convênio com o Ministério das Comunicações, e divulgada no Portal Brasil, pela primeira vez, o acesso domiciliar à internet via telefone celular superou o acesso via desktop. De 2013 para 2014, a quantidade de residências que acessaram a internet por computador reduziu de 88% passando para 77%, enquanto a estatística dos domicílios que acessavam a internet pelo celular aumentou de 54 em cada 100 domicílios para expressivos 80 em cada 100 residências brasileiras.

Um outro levantamento, realizado pela consultoria Deloitte, incrementa esses dados e reforça a potência que o mobile banking representa no Brasil: 22% têm o hábito de pagar pelo menos uma conta por algum canal digital semanalmente e 18% compram on-line pelo smartphone ao menos uma vez por semana.

A evolução da tecnologia e a preparação do mercado financeiro

Aqui se aplica a expressão “o céu é o limite” para as empresas que já entenderam que a cultura digital é irreversível e que os clientes estão ávidos por comodidade, funcionalidade, rapidez e a presença da empresa em sua vida, sem limite de lugar, 24 horas por dia, sete dias por semana.

O fato é que algumas palavras de ordem entraram definitivamente para a agenda do mercado financeiro: experiência do cliente e inovação. E nesse contexto, conforme defende com toda ênfase o executivo Greg Brandeau, um dos mais renomados especialistas mundiais em inovação, “quem não se reinventar vai desaparecer”.

Basta considerar que a sociedade vem sendo cada vez mais influenciada pela internet e por uma disrupção digital sem precedentes. Essa nova era obriga o mercado financeiro a se rearranjar de forma intensa e incorporar em suas soluções técnicas complexas de recuperação e análise de dados, mecanismos automatizados de interação entre máquinas e humanos. Além de adotar tantas outras iniciativas e investimentos que vão forçar uma nova experiência empresarial de adaptação aos novos desafios da cultura digital.

Sua empresa está pronta pra essa nova era? De que maneira é possível transformar processos, canais, produtos e serviços para que o mercado financeiro absorva e dissemine a cultura digital? Deixe o seu comentário!

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