Você sabia que a 4ª Revolução Industrial já chegou?

08.09.2016
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Escrito por: Caroline Gomes

Esqueça as barreiras entre o mundo real e o tecnológico: a 4ª Revolução Industrial está aí para derrubá-las. Pensada por homens e tendo a alta tecnologia como protagonista, essa revolução permitirá o consumo de informações e a interação com as ferramentas tecnológicas de maneiras inovadoras, impactando diretamente o setor financeiro.

Como a última revolução tecnológica afetou o setor financeiro

A revolução técnico-científica informacional – Terceira Revolução Industrial – foi determinante para alavancar o capitalismo moderno. Com ela, também o processo de globalização tomou impulso, possibilitado, entre outros fatores, pela utilização de tecnologias, como as ligadas às telecomunicações: comunicação via satélite, telefonia móvel e fibra óptica, por exemplo.

Tudo isso a popularização do uso de computadores em rede e da internet, potencializou a velocidade das informações e acelerou o fluxo mundial de capitais e mercadorias. Atualmente, é corriqueiro realizar as mais diversas transações econômicas sem sair de casa, o que antes era inimaginável. E o principal: comprar de qualquer parte do mundo!

Como o mercado de trabalho recebeu o impacto da 3ª Revolução Industrial

O mercado de trabalho recebeu impacto direto da 3º Revolução: atividades antes executadas pelo homem, passaram a ser feitas por máquinas. Os sistemas automatizados cumprem tarefas em diversos segmentos, inclusive o financeiro, que adotou também o uso de sofisticados computadores e robôs.

Nesse contexto, os empregos no setor financeiro — como nos demais setores — passaram a exigir maior qualificação, em função da necessidade de que o trabalhador interaja com as novas tecnologias.

O Conceito da 4ª Revolução Industrial

Caracterizada pela forte presença da hiperconectividade, a 4ª Revolução Industrial é alimentada pelo fortalecimento da mobilidade e da Inteligência artificial, além de impulsionada pela internet das coisas ( IoT) e o big data.

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O acesso a dados em tempo real e o amadurecimento da automação tem abastecido diversas frentes dessa revolução.  Segundo Klaus Schwab, criador e chairman do Fórum Econômico Mundial,  a 4ª Revolução Industrial é como “uma fusão de tecnologias que borra as linhas divisórias entre as esferas físicas, digitais e biológicas”.

Com os processos cada vez mais automatizados, otimizados e interligados, as empresas ganham agilidade na tomada de decisão e também nas decisões de produção em larga escala. Nesse modelo, surge a necessidade de adequar produtos e serviços à nova realidade.

“A possibilidade de conectar quase tudo de qualquer lugar, a digitalização de dados, o maior acesso à informação precisa e de forma ágil, o cálculo de recursos por meio da nuvem ou de dispositivos móveis, e a automatização de processos de pensamento, por meio da computação cognitiva abrem um novo caminho para as empresas se adequarem à economia do futuro”, aponta Marc Snyder, Managing Director – CIO Advisory Global Center of Excellence da KPMG- em entrevista à revista Ciab 63.

O que se espera da 4ª Revolução Industrial

Em relação ao trabalho

Tarefas antes feitas manualmente e de forma repetitiva já estão deixando de ser executadas por homens: prova que a 4ª Revolução Industrial já chegou! E, com ela, a automação abre caminhos para a reinvenção do setor financeiro, criando novas soluções para problemas antes considerados não solucionáveis.

Na era da integração, espera-se que homens e máquinas desempenhem suas atribuições lado a lado. Forças de trabalho compostas por máquinas inteligentes e seres humanos capacitados formarão equipes de alta performance, capazes de alcançar surpreendentes níveis de eficiência na execução de processos.

Quanto aos benefícios para as empresas

A automatização de processos, sua otimização e interligação vão imprimir agilidade em todos os setores. E isso já se pode ver, em pesquisa recente realizada pela PwC, na qual foram consideradas 235 empresas globais: seus investimentos em tecnologia digital retornaram em eficiência, que subiu por volta de 20%.

O setor financeiro como protagonista da 4ª Revolução

Como grande consumidor de tecnologia, especialmente das ligadas à informação, o setor financeiro é um dos primeiros a experimentar as transformações da 4ª Revolução. O Brasil, inclusive, é conhecido internacionalmente por suas inovações nessa área, sendo, em muitos casos, exemplo na elaboração de soluções digitais para outras partes do mundo. Reunimos neste post ” Tecnologias que impactam e irão impactar o mercado financeiro” as principais tecnologias que impulsionam o universo da automação bancária e fazem parte da 4ª revolução industrial.

A indústria financeira está diante de um grande desafio: elevar a experiência do cliente a níveis jamais imaginados, com maior eficiência operacional por meio da adoção de softwares mais inteligentes e conectados.

João Fabio de Valentin, em entrevista à revista Ciab 63, um dos principais desafios para as empresas financeiras é manter o olhar atento no que diz respeito à segurança dos dados. “O momento em que vivemos demanda maior agilidade por parte das áreas de TI para atender o negócio, ao mesmo tempo em que é fundamental revisar a segurança da informação e adaptá-la à nova realidade, que é muito mais aberta, ágil e colaborativa”, afirma

Quais as expectativas do cliente do banco atual

O cliente da atualidade, chamados millennials ( geração Y ) espera — e exige — relacionamento diferenciado com os bancos e ser atendido através de canais de interação digital, que proporcionem soluções ágeis e em tempo real, o que reforça o chamado omnichannel. Hoje e cada vez mais, essas pessoas buscam produtos bancários com alto valor agregado, e querem ir o menos possível a agências físicas.

E mais: fazem questão de ter produtos e serviços conectados em plataformas com acesso unificado: as soluções do passado, que demandavam tempo e paciência, já não satisfazem uma geração que nasceu na era da tecnologia e para a qual velocidade é fundamental.

Avanços que demonstram que a 4ª revolução já está em curso

Ampliação da Internet das coisas: Google Glass, smartphones, eletrodomésticos, relógios e outros objetos inteligentes.

Aplicação da Inteligência artificial: O Watson, plataforma de computação cognitiva desenvolvida pela IBM, está em processo de incrementação, com seus algoritmos submetidos a aperfeiçoamentos constantes. O Bradesco é o primeiro banco (e a primeira empresa) a adotar uma proposta de sistema de computação cognitiva no país. Agora, ele integra o reduzido grupo de bancos que trabalham com o Watson.

Fortalecimento do Big data: O Oversea-Chinese Banking Corporation (OCBC) – um dos mais tradicionais bancos da Ásia – implementou uma estrutura analítica completa para analisar todo o histórico de seus clientes. Com base nestes dados e por meio da projeção de uma estratégia de marketing direcionada em todos os canais de comunicação da empresa – como e-mail, SACs, terminais de autoatendimento e mensagens de texto –, o banco conseguiu triplicar os dígitos nas métricas de atendimento. Isso gerou um aumento de 45% nas conversões e 60% nas vendas cruzadas, aumentando a receita das campanhas em 400% e, conseqüentemente, conseguindo um ROI (retorno sobre investimento) positivo em apenas 18 meses.

Essas são algumas amostras de que a 4º Revolução está em pleno curso. Conectados e aptos a coletar e fornecer dados e respostas, esses e muitos mais objetos e sistemas já estão atuantes, e disponíveis no mercado.

Mudanças da Revolução no mercado como um todo

Novos modelos de negócios deverão tomar o lugar dos atualmente existentes. Isso porque o mercado continuará exigindo cada vez mais das empresas: a necessidade de respostas personalizadas às necessidades específicas dos clientes será cada vez mais importante.

Quanto às tecnologias, elas demandarão desenvolvimento ininterrupto, para fazerem frente aos novos padrões que serão (e, na verdade, já têm sido) estabelecidos pelo mercado. Pesquisas em todos os campos serão desenvolvidas com a finalidade de elevar ao máximo a segurança e a confiabilidade dos métodos produtivos e das interações entre as máquinas e os seres humanos.

Mudanças no mercado de trabalho

Empresas de todas as áreas automatizadas precisarão de profissionais tecnicamente mais capacitados. Com isso, será fundamental que o trabalhador se adapte às novas exigências — que já se fazem notar em diversos setores — para poder trabalhar e entender as tecnologias com as quais irá interagir em seu dia a dia.

Mudanças socioeconômicas

Elas serão sentidas por todos e em todos os níveis, é o que diz Klaus Scwab – chairman do Fórum Econômico Mundial de Davos, realizado em janeiro de 2016. Durante o fórum, que reúne líderes da economia mundial, e cujo tema foi a 4ª Revolução Industrial, foram abordados múltiplos aspectos dessa revolução que já chegou e mostra sua força.

Segundo Scwab, ela é tão profunda e abrangente que representa um marco histórico com potenciais promessas – e perigos.  Entre essas promessas estão os avanços da robótica e da Internet das Coisas, que prevê soluções como:

  • Monitoramento Remoto em Saúde – com grande potencial para melhorar a vida de pacientes com doenças crônicas.
  • Monitoramento e controle de redes de energia elétrica e sistemas de água – que agregará mais eficiência e segurança as operações envolvendo produção de energia e abastecimento.
  • Melhoria do fluxo de bens nas fábricas – evitando mercadorias paradas e agilizando a tomada de decisões no sentido de dar prosseguimento aos processos, em caso de interrupção para manutenção (preventiva ou para reparos).
  • Otimização da experiência de uso dos clientes de bancos – autoatendimento virtual, produtos e serviços ainda mais direcionados às suas expectativas e necessidades, amplas possibilidades de realizar transações financeiras em canais digitais.

Esses exemplos representam apenas algumas das incontáveis mudanças que estão em andamento e marcam o início da 4ª Revolução Industrial. Que, da mesma maneira que as revoluções anteriores, precisará ser acompanhada de adaptações que possibilitem a superação dos desafios inerentes a toda transformação.

Pronto para essa nova revolução? Quer participar de uma discussão sobre ela? Deixe sua mensagem aqui embaixo, nos comentários contando pra gente o que você pensa a respeito!

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